tag:blogger.com,1999:blog-44034742255526792702024-02-06T23:37:27.388-03:00Et ceteraque se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-51807232708451524952012-10-04T22:54:00.001-03:002012-10-04T22:54:05.295-03:00Da fraternidadeHoje fui chamada de idiota. Fiz merda no trânsito e quase bati no carro de um cara. Nós freamos e ele me chamou de idiota.<br />
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Só isso foi suficiente pra transformar meu dia num daqueles em que a gente se pergunta se deveria mesmo ter saído da cama. Fiquei com uma dor de cabeça constante, meu rendimento no trabalho ficou perto de zero. Merda. Depois dum dia desses, só mesmo uma missa infestada de cachorros poderia fechá-lo com chave de ouro.<br />
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Pra quem não sabe, meu irmão, de 17 anos, é um católico fervoroso. Isso é fenômeno relativamente recente, mas ele ama a fé que ele segue como eu vejo poucos fazer. E, sendo hoje dia de São Francisco de Assis, foi natural que ele quisesse ir à missa no santuário que leva o nome do santo do dia. Resolvi então encontrá-lo lá na saída do trabalho para dar uma carona de volta pra casa a ele.<br />
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Me arrependi imediatamente quando entrei no estacionamento da igreja. Cachorros. Zilhões deles. Cachorros latindo, assustando crianças que se esgoelavam, incentivando os cachorros a latir mais. Maldisse o santo que resolveu que ser rodeado por animais era uma boa pra sua imagem e entrei na igreja apinhada de gente com cachorros no colo esperando pela bênção ao final da missa.<br />
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Meu mau humor poderia ter continuado por mais um tempo não fosse um momento da missa em que cantaram a oração de São Francisco (sabe, aquela do "fazei com que eu procure mais compreender que ser compreendido" na voz do Fagner e tal). É uma música que eu gosto. Depois disso, houve a eucaristia e meu irmão, depois de comungar, rezou com a hóstia na boca, e sorrindo. Vou dizer que foi uma imagem bonita, dessas que evocam comunhão perfeita com o divino -- coisa que eu nunca experimentei, ao menos não que eu me lembre; e diga-se de passagem, esse não é um texto de catequese ou conversão. Se você for punk ateu, não precisa parar de ler por aqui.<br />
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Daí que, sem perceber, fui baixando a guarda e me deixei levar pelo resto da cerimônia. É inegável que uma profissão de total entrega à caridade como a que esse santo levou é admirável, e isso me incentivou a pensar em como eu poderia -- perdoe o clichê -- fazer minha parte. Não ia querer mexer com animais, mas um projeto de assistência social poderia ser uma boa. Sei lá, vai que eu conhecia uma creche. Poderia pensar num hospital que precisasse de voluntários, numa campanha de arrecadação de bens pra revitalizar regiões atingidas por desastres naturais, alguma coisa.<br />
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Foi pensando nisso que, dirigindo pra casa com o meu irmão do lado, este me fala com urgência "Péra, para ali perto daquele irmão de rua!". O "irmão de rua" era um mendigo que estava revirando o lixo numa caçamba na calçada. Nisso, encostei o carro, e meu irmão estendeu pra fora da janela o cachorro-quente que eu tinha comprado pra ele na saída da missa e que ele estava guardando pra quando chegasse em casa. "Já comeu hoje, irmão? Pode comer carne?", pro tal irmão de rua; este respondeu que sim à última pergunta, olhando pro cachorro-quente. "Pega aqui, ó. Tenha uma boa noite"; o irmão de rua pegou o cachorro-quente e agradeceu três vezes, radiante. Nos despedimos também radiantes e saímos.<br />
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Como disse, meu irmão tem 17 anos, e é natural que eu, sendo mais velha, desacredite o que ele defende por ser tão jovem e entender tão pouco da vida. Mas, depois dessa, calei minha boca, naturalmente. E, sorrindo, constatei que meu irmão, de 17 anos, em menos de 30 segundos e sem creche nem campanha de arrecadação, não só pôs por terra a ideia de que ter me levantado hoje cedo fora péssima; ele, antes de tudo, me deu um exemplo de motivo suficiente pra eu me levantar da cama todo dia.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-71876514336822201102011-07-25T12:30:00.002-03:002011-07-25T12:39:08.101-03:00Muitas foram as vezesem que disse, durante o semestre letivo, que, ah se eu tivesse um tempo de folga, leria tal livro, veria tal filme, coseria, cozinharia, escreveria. Passaram-se já duas semanas e não fiz nada dessas coisas que prometi fazer pra mim e só pra mim. Assim, pelo andar da carruagem, teria daqui pra frente mais três semanas de férias de puro ócio nada criativo. Uma bosta de ócio. Ainda bem que acordei a tempo. <div>Ponto pra mim. Agora, dá licença que eu vou ser feliz comigo.<br /><div><div><div><br /></div></div></div></div>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-79507665582629135572010-12-10T14:25:00.001-02:002010-12-10T14:25:59.298-02:00Penso que seria bomcriar um novo blog.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-81490560334293839092010-10-22T19:45:00.000-02:002010-10-22T19:45:27.623-02:00Bruto esforço cotidiano<div>Passava na frente da livraria quando a viu, do outro lado da vitrine. Ele levantou a mão, mas calou-se no meio do Ma – melhor não, pensou. Deixou-a estar.</div><br /><div>Na frente da vitrine, de camarote, pôs as mãos nos bolsos e ficou a ver as estantes e como ela passeava entre elas. Como meio que dançava entre elas. Como colhia os livros que gostava, os desenhos das capas a chamando. Como fazia caretas para as outras capas mais caladas. Com as mãos no bolso, de camarote, ele ria das caretas.</div><br /><div>Via como balançava a cabeça. Como mexia os lábios com a música. Como fechava os olhos. Como era só ela só. E ele escondido.</div><br /><div>Com as mãos no bolso, saiu do camarote antes do término do show.<br /></div><br /><div>**<br /></div><br /><div></div><div>Chegou em casa chateada. Ninguém presenciara o espetáculo da naturalidade forçada. Assim, de que servia?</div><br /><div>Jogou o livro a um canto, apagou as luzes. Despiu-se e virou ela mesma. Virou na cama e deixou-se virar ninguém.</div><br /><div>Até o próximo dia. </div>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-37721223306287838842010-07-01T14:39:00.003-03:002010-07-01T14:56:17.490-03:00A exemplo da Leah, de thxthxthx.comQuerido Julho de 2010,<br /><br />Obrigada por ter demorado tanto para criar esse frio na barriga gostoso e por ter chegado rápido o suficiente pra me fazer continuar a acreditar que isso está realmente acontecendo.<br /><br />Seja bem-vindo, e obrigada por trazer tantas mudanças lindas contigo!<br /><br />Beijos,<br />Lu<br /><br /><br />P.S.: Queria fazer uma bilhete bonito a mão igual aos da Leah, mas meus garranchos não saíram muito bem. Espero que não se importe com bilhete via web. Ainda é de coração.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-7491719935560945042010-01-02T11:47:00.003-02:002010-01-02T12:07:20.315-02:00Sobre o amorGosto de chorar e sentir as lágrimas descendo nas bochechas. E de soluçar chorando.<br /><br />Minha mãe, não. Ela chora sem fazer barulho e enxuga as lágrimas antes de elas saírem dos olhos quando ela está acompanhada, e é ainda mais discreta quando está perto de mim e de meus irmãos. Trabalho de mãe, essa coisa de esconder sentimento.<br /><br />Ontem, a gente viu um filme que fez até minha irmã chorar – mas não meu pai. Que eu saiba, ele só chorou com "Querido Frankie" –. Era de uma mãe que perdia uma filha querida pra uma doença que ela, a mãe, demorou para aceitar que levaria a menina sem tardar. É um filme muito cheio de amor. Ao final, a minha mãe deu um beijo nas nossas testas e abençoou nossa noite como sempre faz. Ela chorou sem fazer barulho durante o filme, e fez o mesmo quando abraçou meu pai e escondeu o rosto e mais algumas lágrimas em seu braço. Ainda abraçada com ele, ela me olhou e me flagrou olhando pra ela. E sorriu.<br /><br />Trabalho de mãe. Esconder que tem todo o sentimento do mundo.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-63095128367780073362009-10-04T18:20:00.003-03:002009-10-05T15:50:55.988-03:00Gratuita"Na outra encarnação – digo, se houver outra encarnação – eu quero ser o vento".<br /><br />Foi o que eu ouvi enquanto passava na roleta do ônibus hoje de manhã. Foi o motorista quem falou. Engraçado, não é preconceito nem nada, mas já vi motorista falar palavrão e contar história da família, mas nunca vi um fazer poesia.<br /><br />"Oxi, por quê?", respondeu a cobradora (porque ele tava falando com a cobradora).<br /><br />E ele ficou calado. Ela meio que fez cara de zombaria e eu passei o cartão e rodei a roleta.<br /><br />Ela não entendeu; mas eu entendi.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-35901800967298910512009-08-04T15:50:00.008-03:002009-10-05T15:53:59.725-03:00Importância seletivaAcabei de ler um livro que dá margem pra muita reflexão (não, não era a Bíblia. Era bem o oposto disso). Num de seus capítulos, o protagonista pergunta o que é um milhão. Um milhão de quê? Pessoas. Pombos. Centavos. Disse que todo mundo sabe o que uma moeda é capaz de fazer quando jogada de cima do Empire State Building. E aí ele imagina o que aconteceria se começasse a cair moedas de uma altura muito grande em toda a Nova York. Centenas, milhares de moedas abrindo crateras nas ruas da cidade. E ele se esconderia sob um toldo ou na recepção de um prédio com todos os outros que estivessem tentando salvar suas vidas. A cidade inteira procurando abrigo se começasse a chover dinheiro.<br /><br />Ora, ninguém teria medo de dez mil dólares em Nova York. Mas um milhão de centavos é muito mais que um milhão de centavos, pondo o assunto nessa perspectiva.<br /><br />Isso iluminou de novo um fato que eu sempre observei e que chegou a virar dois rascunhos, mas nunca um post nesse blog. A significância de qualquer coisa só depende de perspectiva. De <em>qualquer coisa.</em><br /><p>Daí vem a importância que atribuímos às coisas. Trinta anônimos que responderam a uma enquete são só trinta anônimos. Trinta vítimas fatais da gripe suína no Brasil são só trinta pobres azarados que eu não conheço. Mas trinta amigos próximos que estivessem em Nova York sem abrigo durante a tal chuva de moedas seria um puta dum sofrimento. Os dois primeiros exemplos são só números frios, mas meus amigos são meus amigos e por isso eu sofro. Sofrimento seletivo é humano.</p><p>Porque tudo, tudo é questão de perspectiva. Uma menina gritando por Jonas Brothers ou quebrando o cotovelo de Robert Pattinson é só mais uma que dá importância demais a um cara que não lhe dá importância alguma. E não tem essa de "mentira, eu adoro meus fãs!". O "fãs" aqui só existe no plural. A menina é só mais uma da massa.</p><p>E amar a massa é amar ninguém. Amar o ser humano, amar o feminino, o masculino, é amar ninguém. Fazer isso é pôr-se numa posição muito distante do homem, posição que o impede de ver o indivíduo, o indivíduo de fato, e que, assim, o impede de o amar. O que me importa me toca e me afeta de alguma maneira. O que me importa não é um nome, não é um grupo, não é uma definição abrangente e institucionalizada de o que é "ser humano". Se eu gosto de alguém, é por causa de suas peculiaridades. E para vê-las é necessário olhar mais de perto – pedindo licença a Sam Mendes e sua Beleza Americana.</p><p>Lamento pelas trinta vítimas da gripe. Pode ser até que eu venha a ser uma delas, só por praga de Deus por eu ser uma "sem-coração". Mas estou muito mais feliz pelas pessoas que eu amo e que ainda vivem do que triste pelos brasileiros vitimados.</p><p>Eu amo. É no mínimo uma ironia eu ser "sem-coração".</p><p>***</p><p><br />Foi lendo um post de um amigo que me espocou a ideia que acabou virando post. Por isso não tem comentário meu no seu blog dessa vez, Cleber. O meu comentário pro seu último texto é esse texto aqui. Obrigada por me destravar :)</p>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-15297400613742031402009-05-02T18:39:00.000-03:002009-05-02T18:40:26.251-03:00AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!sentiu?que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-53266596790228793422009-04-05T12:13:00.010-03:002009-08-04T17:05:42.145-03:00Questão n° 17. Leia a tirinha a seguir:<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV9Zse2vbKwjL_-T3UI0OZqpnss4NTV_2MAIG__SFjS2GDv-IvHHk9sSxAcEWSRZy6251xhAHBAVD6Fvb4ExS6YeQ1YrcC7_KI6qo_5UKseSxeTMqzceUngTlzIOiv_wrcdeN-Wocfhhyphenhyphena/s1600-h/Calvin.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321228475841189586" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 127px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV9Zse2vbKwjL_-T3UI0OZqpnss4NTV_2MAIG__SFjS2GDv-IvHHk9sSxAcEWSRZy6251xhAHBAVD6Fvb4ExS6YeQ1YrcC7_KI6qo_5UKseSxeTMqzceUngTlzIOiv_wrcdeN-Wocfhhyphenhyphena/s400/Calvin.png" border="0" /></a><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><div><em></em></div><div><em>Agora, explique, com suas próprias palavras, como acontece o humor no diálogo.</em></div></div><br /><br /><p>Oras, por favor. Se tinha um tipo de questão que me irritava nas provas de ensino fundamental, era esse. Existe coisa mais sem-graça que explicar a piada?</p><p>Eu geralmente pensava numa resposta mais legal do que a que eu escrevia. Ela era essencialmente assim:</p><p>R: <em>Sim, pois não. O humor se dá, em especial, na dramatização e na resposta do Calvin, que é engraçadíssima, morri de rir. Aliás, não acho que seja assim tão difícil entender como acontece o humor. Você não entendeu a piada, né? Também não vou explicar, vai perder toda a graça. Lê de novo, você consegue fazer isso sem a ajuda de uma criança.</em></p><p>(Porque, naquela época, eu era uma criança.) Óbvio que eu acabava escrevendo algo bem diferente, com alguma coisa sobre inversão de expectativa ou algo do gênero. Eu sabia me adequar aos moldes.</p><p>A questão é que eu não conseguia imaginar como alguém conseguia ser tão sem-graça. Mania comum de professor? Ou seriam os adultos em geral todos sem-graça? Porque Calvin é Calvin, oras! E qualquer explicação racional lhe tira o sentido.</p><p>E eu ia nessa linha de pensamento até alguns dias atrás, quando entrei na Sabugosa e encontrei Criaturas Bizarras de Outro Planeta (o livro, digo). Enquanto eu lia, percebi que, inconscientemente, eu tentava achar uma explicação razoável para o que o Calvin estava fazendo com o Haroldo. Como diabos eles jogavam baseball, se este é só um bicho de pélúcia?</p><p><em>Só um bicho de pelúcia...</em></p><p>Fechei o livro e os olhos e não soube mais o que estava havendo. Como eu pude pensar algo assim? Estaria eu me tornando, assim... não, não sem-graça, eu procurava uma palavra pior.</p><p>Enfim, essa palavra veio com a declaração que a minha irmã fez nesse fim-de-semana, a pior e mais inoportuna que ela poderia ter feito: "Caraca, você faz 18 em menos de um mês!"</p><p>18. Menos de um mês.</p><p>Puta-que-o-pariu, eu tô virando <em>adulta</em>.</p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiInmvI6R95bdm-crVczuhlnfF7i-waMRgdrkOknXpCU7zIjiidrwmWtGhBjQqXsZmRLRF3gO5zAN2Y_IARHtHXwQAL5eJp7pMWRiAMtpB48TtNOC4711maQ8unm4tjb172elkN7ZTaGk6n/s1600-h/Calvin+2.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321722177162094514" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 157px; CURSOR: hand; HEIGHT: 133px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiInmvI6R95bdm-crVczuhlnfF7i-waMRgdrkOknXpCU7zIjiidrwmWtGhBjQqXsZmRLRF3gO5zAN2Y_IARHtHXwQAL5eJp7pMWRiAMtpB48TtNOC4711maQ8unm4tjb172elkN7ZTaGk6n/s400/Calvin+2.png" border="0" /></a><br /><p></p>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-8622649544244162432009-02-06T15:15:00.004-02:002009-02-07T19:47:51.667-02:00O mundo não é originalDepois de milênios de existência da vida humana na Terra, tudo o que tinha a ser pensado já o foi. Não há mais idéias novas. Pelo menos é essa a impressão que tenho quando vejo o que a imprensa mostra.<br /><br />Mas, será que o problema está em mim, ou tudo o que vejo é repetitivo? Nada mais me surpreende. Não é mais original pedalar pelado no meio de São Paulo, nem dar a luz a quadrigêmeos, nem usar sutiãs de bacon, nem meninas retardadas de sete anos apresentando programas de TV... Eu estou <em>mesmo </em>desesperançosa com o futuro. E isso porque não param de me chegar exemplos e mais exemplos do que já não é mais original.<br /><br />Nem buscar ser original é ser original.<br /><br />Nem questionar o governo, ou os costumes, ou o mundo, nada disso é original!<br /><br />Nem procurar bandas independentes no MySpace é original.<br /><br />(Alguém fala pros judeus que o movimento sionista não é mais original?)<br /><br />Meu Deus, cadê o novo?! Sumiu? Isso é porque a gente se contenta com falta de originalidade e se acostuma com 20 anos de Faustão todo domingo? A gente gosta de ouvir a mesma coisa, ver a mesma coisa, ler a mesma coisa, dançar a mesma coisa, comprar a mesmamesmamesmamesmamesmaMESMACOISA!!<br /><br />Estou realmente decepcionada com a humanidade.<br /><br />De repente, me dou conta que o mundo não é original. O mundo não é original. Acho que não existe notícia que caia mais como uma bomba do que essa. Para mim.<br /><br />Eu sinto a necessidade do descobrimento de talentos. De vanguardistas com conteúdo, ousados, diferentes. Corajosos. Eu poderia sê-lo. Você poderia sê-lo. Mas qual não é o peso de ser original? Os olhares, as críticas, as risadinhas. É o meu desabafo de menina de calças listradas e cabelo de Bozo, que enfrenta todo-santo-dia esse tipo de coisa. E olha que não sou original. Nem de longe. No máximo, diferente.<br /><br />Num mundo em que o normal é ser comum-insosso, o original é feio. E, infelizmente, não vejo ninguém querendo ser feio – nem alguém que tenha capacidade para tanto.<br /><br />Diante disso, vou existindo apenas por conveniência.<br /><br />***<br /><br />Peço licença agora para fazer uma pergunta pouco original: alguém sabe qual é o sentido da vida?<br />E viver + sorriso amarelo não vale como resposta.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-89909267492204026442008-12-08T17:02:00.008-02:002008-12-09T10:41:39.946-02:00Ainda a respeito do tempo,<p>Alguém devia nos prevenir quanto ao nunca mais. Ele vem, sempre vem, invariavelmente. O bom só é bom porque finda no nunca mais, e a gente sabe disso. Mas não há preparação para o nunca mais. Quando ele vem, pronto, acabou, mais não há. Agora, nunca mais.<br /><br />Essa liberdade que nunca mais. Esse momento que nunca mais. Essa infância, essa escola, essas amizades, essa vida. Essa vida que nunca mais. </p><p>E esse tempo que nunca mais. Esse instante que... o quê? nunca mais. Esses esses, esses aqueles, esse outro. Esse outro que nunca mais. Kate Nash, "Merry happy".</p>Esse outro tempo pelo qual eu tanto ansiava chegou. Bate à porta enquanto o que me pertencia foge pela janela. Ele se afasta - só assim eu percebo o quanto ele era belo. Isso tudo é belo porque nunca mais?<br /><p>O que resta a fazer é atender a porta. Mas eu sempre dou uma espiada na janela. Invariavelmente.</p><br />Morrerei precocemente aos 47 anos com um quadro de nostalgia aguda.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-46496689743072721002008-11-03T19:04:00.003-02:002009-04-05T13:04:17.972-03:00Tempo, mano velhoAs coisas estão rápidas. Rápidas demais.<br /><br />As conversas são rápidas. As novelas são rápidas. As viagens, a queda da Bolsa, os seqüestros. A retirada do trema de "seqüestros". Foi tudo rapidinho.<br /><br />Mas tudo está correndo <em>mesmo</em>. Relacionamentos duram uma noite, hectares de floresta são dizimados em poucas chamas, lançamentos de celulares a cada semana. A formatura de 3° ano tá aí! Hoje, de lento, parece que só as propagandas da Warner.<br /><br />Dá até vertigem. Mas passa rápido.<br /><br />***<br /><br />Em uma viagem que fiz a Goiás Velho, há uns três anos atrás, aconteceu um fato curioso: uma velha.<br /><br />Eu e família saímos cedo do hotel pra rodar na cidade. As casas de Goiás Velho ou são de arquitetura antiga senhorial, ou são muito pobres. Numa casa pobre, estava sentada uma velha em frente à porta aberta.<br /><p>Depois do rolé pela city há-há-há voltamos ao hotel pelo mesmo caminho.</p><p>E a velha continuava lá.</p><p>Não creio que ela estivesse vendo TV ou ouvindo rádio ou fazendo qualquer outra coisa. Mas ela continuava exatamente na mesma posição em que a vi pela primeira vez. Absolutamente imóvel.</p><p>Posso dizer que me lembro de muito pouco daquela viagem e até da própria cidade, mas daquela velha eu não me esqueço. Era como se... como se ela não habitasse esse mundo a que estou acostumada, esse mundo rápido e confuso. Parecia que, naquele rosto marcado pelo tempo, já não passava tempo algum.</p><p>Ou talvez ela já estivesse morta. Não sei.</p><p>Mas ela me fez parar. Parar e pensar a fundo no que diabos eu estou fazendo aqui. Afinal, eu não sou rápida. Não acompanho o curso do mundo, e percebi que nem quero. É possível se encaixar num mundo tão caótico sem ir no seu ritmo? É, eu acho que é. Só preciso aprender como, mas tudo a seu tempo. Ou melhor, ao meu tempo.</p><p></p><p>Vou voltar a escrever. Mesmo um blog à disposição na internet pode me fazer olhar um pouco mais para dentro.</p>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-16104636855381646782008-09-20T15:35:00.001-03:002008-09-20T15:43:14.117-03:00Para uma nova experiênciaDiz não e todo um mundo de possibilidades se fecha. Experimenta. Ou melhor, não experimenta. Quero dizer, experimenta te abrir. Estou sendo confusa?<br /><br />Experimenta fazer o impensável: conversar com aquele que te magoou há um tempo, tratar de aprender logo aquela receita de torta, tomar coragem e depilar as axilas com cera. Quem sabe?<br /><br />Pode também tentar fazer o que no começo pode parecer maçante. Organiza teu álbum de fotografias, lê o livro gigantesco do vestibular, conserta a bicicleta parada há anos, poda a amoreira que não mais dá frutos. Quem pode dizer que ela não florecerá mais uma vez?<br /><br />Ou simplesmente, tenta sair do óbvio. Atenda o telefone com sorriso no rosto, usa a louça florida e parada para um lanche comum, fecha o guarda-chuva quando te der na telha e se molha. Não pode ser tão ruim.<br /><br />Abraça mais as pessoas. Abre mais a cabeça. Quem sabe um pouco de otimismo, mesmo dos mais clichês, pode te trazer alguma experiência até então inusitada? Quem sabe?<br /><br />Bom, eu não faço idéia. Então, faz o seguinte?<br /><br />Experimenta.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-67415936432596974312008-08-01T15:45:00.003-03:002008-08-01T19:50:09.265-03:00Lembra-se?Li, ontem, uma matéria na Superinteressante sobre uma mulher que lembra, em detalhes, tudo o que aconteceu a ela nos últimos 28 anos. Fiquei assustada. <em>Tudo</em>?<br /><br />Óbvio, há coisas que sempre gostaríamos de lembrar, como o nome daquele conhecido que lhe cumprimentou na rua ou aquela fórmula de Física. Mas, e tudo aquilo que você quer detonar da memória, uma gafe, um trauma? Não é à toa que ela sofre de depressão.<br /><br />Porque a memória é um bicho estranho. Quero dizer, essa tarefa de selecionar o que deve ser guardado do descartável é tão subjetiva. O que é ruim? O que é essencial? E por que diabos a gente é capaz de guardar coisas tão estúpidas? Eu consigo guardar com mais facilidade a data de nascimento de Daniel Radcliffe do que o que foi decidido em Potsdam! (E racho a cara de vergonha).<br /><br />Minha cabeça sempre me deixa na mão em questões cruciais. Detesto esquecer o que ia dizer, não saber onde está minha carteirinha, não lembrar de fazer dever de casa. Detesto esquecer. Acho que mal de Alzheimer seria mais que frustrante pra mim. É insuportável a idéia de perder pouco a pouco a lembrança de sensações, de lugares, de pessoas. E pra não esquecer, eu escrevo diários.<br /><br />Um diário é capaz de me fazer viver momentos de novo. Pode parecer mulherzinha, mas é essa a essência: só assim eu posso lembrar a intensidade com que cansei, chorei e amei em algum ponto da minha vida. Rever essas horas me deixam tão... feliz. É como sentir um cheiro que lembra algo por que você sente afeto. É reconhecer aquela pessoa que um dia foi você, mas que já não se lembra.<br /><br />Sim, a minha memória é falha. Mas eu preencho minhas lacunas com um diário. Vou continuar a esquecer minhas chaves, meus deveres de casa e minhas respostas, porque não sou a mulher da Superinteressante, mas tudo isso é natural. O segredo é usar a memória sabiamente: se lamenta a merda que fez um dia, que não faça a mesma merda depois. E se tem algum momento bom no passado, que não se preocupe em lembrar de seus detalhes, mas em criar sempre mais momentos incríveis. É a lógica da vida não viver de passado e, sim, construir o futuro.<br /><br /><br />(Mas, por favor, procure trabalhar a memória. É o que eu vou fazer com a minha, depois de esquecer a conclusão muito boa que tinha elaborado e ter de me contentar com essa coisa brega que eu escrevi. Diacho.)que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-42928701449437933582008-07-21T10:21:00.007-03:002008-07-28T19:16:42.624-03:003 dias de Móveis Convida!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIQeOFyMkk43DSA-uk_5lBtIbkvioC6u5g1cy0fwcm_sr8fimHGIDwUN9jCPPi5FwX-luueBI4f1-7AcshThQT8mGLwN1FeudxqEe2tPMXjmonky9pTah3AvoySVrsVYxs5nNamMZqd-94/s1600-h/Panfleto+9.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5225457959087922050" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIQeOFyMkk43DSA-uk_5lBtIbkvioC6u5g1cy0fwcm_sr8fimHGIDwUN9jCPPi5FwX-luueBI4f1-7AcshThQT8mGLwN1FeudxqEe2tPMXjmonky9pTah3AvoySVrsVYxs5nNamMZqd-94/s320/Panfleto+9.jpg" border="0" /></a>Como já é de praxe que eu faça algum tipo de propaganda sobre o evento, tá aqui: Móveis Convida edição 9, com 3 dias! Acontecerá no Espaço Brasil Telecom, no Brasília Alvorada Hotel (ao lado do Palácio da Alvorada), nos dias nos dias 8, 9 e 10 de agosto.<br /><br />Serão nove bandas convidadas, além de Móveis Coloniais de Acaju ao final de cada dia, é claro. As bandas seguirão o seguinte programa:<br /><br />dia 8<br />20:00h abertura da casa<br />20:40h Deuses da Kaaba (DF) - Palco 1<br />21:00h Mutandina (Arg) - Palco 2<br />21:50h Watson (DF) - Palco 1<br />22:20h Móveis - Palco 2<br /><br />dia 9<br />20:00h abertura da casa<br />20:40h The Pro (DF) - Palco 1<br />21:00h Pata de Elefante (RS) - Palco 2<br />21:50h César de Paula (DF) - Palco 1<br />22:20h Móveis - Palco 2<br /><br />dia 10<br />19:00h abertura da casa<br />19:40h Leo Yolobem (DF) - Palco 1<br />20:00h Coiffeur (Arg) - Palco 2<br />20:50h Diego de Moraes (GO) - Palco 1<br />21:20h Móveis - Palco 2<br /><br />O espaço tem capacidade para 450 pessoas e os ingressos começarão a ser vendidos nessa terça-feira a R$15,00 a meia e R$30,00 a inteira no Espaço Brasil Telecom, no Estúdio Original 69 (114 norte, Bl A) e na Kingdom Comics (Conic). Como o preço é salgado, vou só dia 8. Quem for também, avisa!<br />Para mais informações: (61)8135-75 75 e 8134-6106<br /><br />Para ouvir:<br /><a href="http://www.myspace.com/mutandina" target="_blank">www.myspace.com/mutandina</a><br /><a href="http://www.tramavirtual.com.br/coiffeur" target="_blank">www.tramavirtual.com.br/coiffeur</a><br /><a href="http://www.patadeelefante.com/" target="_blank">http://www.patadeelefante.com/</a><br /><a href="http://www.myspace.com/diegodemoraes" target="_blank">www.myspace.com/diegodemoraes</a><br /><a href="http://www.myspace.com/bandawatson" target="_blank">www.myspace.com/bandawatson</a><br /><a href="http://www.myspace.com/deusesdakaaba" target="_blank">www.myspace.com/deusesdakaaba</a><br /><a href="http://www.myspace.com/theprobr">www.myspace.com/theprobr</a><br /><a href="http://www.cesardepaula.com/">www.cesardepaula.com/</a><br /><a href="http://www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/produtos/cd_idem/index.php">www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/produtos/cd_idem/index.php</a><br /><br />Divirtam-se!que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-92112005997532412162008-07-15T10:56:00.005-03:002008-07-15T12:03:54.116-03:00. Começo<span style="font-size:85%;"><em>Esse foi o texto mais difícil que já fiz, pelo significado que ele tem pra mim. Mas foi, também, o mais importante.</em></span><br /><br /><br /><br />É. Acho que cheguei a um momento em que nem eu consigo organizar meus pensamentos.<br /><br />Mas organizar a meu modo. Sempre detestei regras e normas que norteiam um texto até que se chegue a uma conclusão aceitável, já esperada. Porque não há arte sem um pouco de devaneio, de inusitado. E é isso que está me faltando.<br /><br />Eu preciso de mais! E pra puta-que-o-pariu o "Quem quer mais quer Sigma" - o que eu quero é um baque, um susto, uma mudança. Alguém que me dê um tapa e me acorde. Eu estou cansada de mim, desse eu que já se esgotou, desse eu acomodado. Estou cansada desse eu óbvio. Estou cansada de pretensão.<br /><br />Quero liberdade! Não esse substantivo feminino do Aurélio, mas esse sentimento, essa motivação mais profunda que se possa compreender! Quero ser aquilo que me convenha, o mais absurdo e ousado possível! Quero viver com intensidade, chorar com fervor, rir com volume, cantar com todo o ar do mundo! Quero ser muito e muitos! E que nunca me esgotem os pontos de exclamação!<br /><br /><br />Que me olhem. Que comentem. Que desaprovem. Eu sou eu, mas mais feliz, mais egocêntrica, mais incompreensível e mais humana do que jamais fui.<br /><br />E eu gosto.<br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-57136994836480417042008-05-28T16:55:00.003-03:002008-05-28T17:06:33.065-03:00ah, Emília...!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEief_Iws6w-iGpPj2xLYMf44EyT8xjcixPZPcjNd30uvjA_-YY5Jop3FURL3y9-Qa2NMaIpCxmpIPZAANABbDDrC4yC0_zxXJh84kJyzkP2G70W4XsYNidCihoMCQ3IjYe0_nUtRWeVJa24/s1600-h/Imagem+150.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205520390309311074" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEief_Iws6w-iGpPj2xLYMf44EyT8xjcixPZPcjNd30uvjA_-YY5Jop3FURL3y9-Qa2NMaIpCxmpIPZAANABbDDrC4yC0_zxXJh84kJyzkP2G70W4XsYNidCihoMCQ3IjYe0_nUtRWeVJa24/s400/Imagem+150.jpg" border="0" /></a>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-90335635020397463042008-04-06T00:00:00.002-03:002008-04-06T01:24:10.716-03:00Dancin' QueenPara fazer bonito no Flashback do Sodeso no próximo fim de semana, meus pais e alguns colegas de adolescência estão ensaiando passos de Michael Jackson, agora. Uns dois-pra-lá-vira-desliza. Coisas que eram tão comuns nas discotecas dos anos 80 e que continuam a ser tão divertidas.<br /><br />Esses ensaios me fazem pensar em como serão os Flashback da minha geração. Quero dizer, naquela época, o Sodeso era freqüentado religiosamente por todo adolescente bacana e descolado de Sobradinho. Hoje, qual é o lugar mais freqüentado pelos jovens (sim, eu vou usar essa palavra que, mesmo tendo um significado completamente díspare, tem uma aparência tão idosa)? Onde poderíamos reunir todas as tribos de hoje? Os gostos são tão diferentes... Não era assim antigamente? Ou as opções disponíveis eram tão boas que ninguém mais precisava procurar outro tipo de música além do pop e do punk?<br /><br />Aliás, gostaria de deixar clara minha inveja daqueles que viveram nos anos 70 e 80. Sim, gosto de Bee Gees, ABBA, John Travolta e companhia. E não dispenso Led Zeppelin. E não tenho vergonha.<br /><br />E que músicas tocariam? NX Zero? Banda Calypso? Simple Plan? Mc Créu? Sinceramente, quem gostaria de se reunir pra relembrar essas músicas? E não teríamos coreografias a ensaiar, nem perucas esdrúxulas a usar, nem filmes que marcaram a recordar! Teríamos?<br /><br />Quando paro prá pensar, acho que os Flashback de 20 anos a frente não serão tão divertidos. Ou melhor, poderão ser divertidíssimos, mas diferentes daqueles aos quais meus pais e seus amigos irão no próximo fim de semana. Mas, ainda assim, teremos nossas lembranças, estórias e micos a recordar e a rir. E, no futuro, poderemos nos reunir e celebrar as músicas e as calças da moda de hoje que, com certeza, serão consideradas absolutamente bregas ou gays por nossos filhos.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-84402542166756065042008-04-01T17:30:00.004-03:002008-04-01T18:08:31.974-03:00Vazia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgITjXQq2ZBSUbRvOw5kOqr4I24f-Ir2be0NPbh7K1h_zSCASUd5EpBGMXWyrDMjgrZJwpCKr-plFkXBFLxAK1UkHZVZGUkbLYHkU4r_Ip8x7_CvyfZH3hEbfOlL3ZlR7bHpjjjt2hX8a-Z/s1600-h/14140.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5184386344244659298" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgITjXQq2ZBSUbRvOw5kOqr4I24f-Ir2be0NPbh7K1h_zSCASUd5EpBGMXWyrDMjgrZJwpCKr-plFkXBFLxAK1UkHZVZGUkbLYHkU4r_Ip8x7_CvyfZH3hEbfOlL3ZlR7bHpjjjt2hX8a-Z/s320/14140.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-23545949194357877832008-03-19T14:56:00.003-03:002008-05-28T16:54:49.600-03:00AcademiaComo diria o sábio Eli, são quatro os segredos da Santíssima Trindade. Pra mim, o quarto é a academia. Digo o porquê:<br />Toda manhã que subo da parada de ônibus para o colégio, passo por uma academia. Janelas grandes. Lá dentro, eu vejo, em média, 20 pessoas malhando.<br />Vou repetir:<br />Todo dia. Colégio. Madrugada. 20 pessoas <em>malhando</em>. Sentiu?<br />Olha, eu entendo aquelas pessoas que não têm bicicleta, ou precisam emagrecer, ou manter a forma, ou ficar mais fortes e másculas, ou não têm tempo pra correr no parque, ou precisam gastar dinheiro em alguma coisa, sim, eu compreendo. Agora, quem acorda às 6 da matina pra pedalar?! Essas pessoas aí, eu não entendo.<br />E não é só a hora de acordar que me intriga (e mesmo que eu acorde até mais cedo que às 6 da madrugada, eu só o faço sob tortura), mas também o fato de que há pessoas que realmente <em>gostam </em>desse hábito. Gostam de ficar dentro de um galpão asfixiante, ouvindo uma música enjoada que parece repetir três zilhões de vezes ao dia, suando feito pano de cuscuz (ou o que quer o Roque diga), agüentando um filho da mãe de shorts apertados dizendo "muito bem, agora faltam só mais dois séculos de esteira", e ficar nisso até os dois séculos realmente acabarem! Dois séculos mesmo, posto que já morei perto dessa academia e via gente malhando até ela fechar (o que acontecia por volta da meia-noite). Espera, vou tirar a sentença dos parênteses, ela é crucial. O que acontecia por volta da <em>meia-noite.</em><br />Da madrugada à meia-noite! Pobres das pessoas que trabalham nessa academia que têm que agüentar a música que repete e os shorts que lhes apertam as partes!<br />Agora, o mais interessante foi o que eu ouvi nessa manhã: o tal do filho da mãe de shorts falando "isso, mais um pouco de montanha, depois a gente desce". Que diabos de montanha? Ele tava querendo simular uma subida de montanha (em uma bicicleta) dentro de uma academia? Caramba, o maior contato com a natureza que as pessoas que malham têm com o mundo lá fora é feito por uma janela grande de frente pra uma rua e pras pessoas que sobem para o colégio! "Mais um pouco de montanha", vá se lascar!<br /><br />Eu conversando com uma amiga no banheiro e ela me diz que tá com vontade de malhar.<br />Vontade de malhar? Taí o quarto mistério.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-14120762120049204342008-02-26T17:59:00.001-03:002008-02-26T18:43:16.859-03:00Nado sincronizado<p><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxayEuyciGjt7rU_MTnYdY9jFGVsW2oSxG4nyhmW87ls4LGtwbSpHb896V1vNmHjS2Ulw7OpI7mGtTDeScyag' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p>Performance dos incríveis Caio, João e Pedro.</p>que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-34770154511507327202008-02-23T14:21:00.002-03:002008-02-23T14:43:51.244-03:00Com o perdão da palavra...Imagina se Manuel Bandeira fosse um adolescente típico dos dias de hoje? Tudo bem, ele seria um pouco mais culto que a média jovem e ainda seria capaz de fazer poesia. Mas, só imagina...<br /><br /><span >abre aspas</span><br /><span style="color:#339999;">vo pra paçargada</span><br /><span style="color:#339999;">lah eu so mano do rei</span><br /><span style="color:#339999;">lah tnho as mina q qro</span><br /><span style="color:#339999;">na cama q escolhe</span><br /><span style="color:#339999;">vo pra paçargada</span><br /><span style="color:#339999;">[...]</span><br />fecha aspas<br /><br />Ainda bem que isso não tem como acontecer.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4403474225552679270.post-58504400768414750762008-02-20T19:18:00.001-03:002008-02-20T19:19:46.831-03:00PicadeiroPicadeiro. É isso: o lugar onde se cria e se transforma, onde se alude e se ilude, onde se critica e se espanta, onde se maravilha e se surpreende. Onde se fala a alta voz, onde se declama, se proclama, se reclama. Onde não há receio. Onde se liberta.<br /><br />Deleite-se.que se chama Luísahttp://www.blogger.com/profile/13453518053278882373noreply@blogger.com2